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O exercício simulado de emergência é uma etapa fundamental para o amadurecimento do sistema de gestão de crises da organização.

Portanto, realizar exercício simulado de emergência com base no plano de ação emergencial é requisito legal descrito na NBR 14276/2020 (Brigada de Emergência), bem como na 15219/2020 (Plano de Emergência).

Para ajudar na elaboração do seu exercício simulado, preparamos um roteiro para condução da preparação do exercício em sua empresa, dessa forma, acompanhe o roteiro a baixo.

Levantamento prévio de informações e caracterização dos riscos

Ameaças e vulnerabilidades precisam ser compreendidas como fatores interdependentes que se constituem mutuamente.

Sendo assim a relação entre ameaças e vulnerabilidades implicará na criação do cenário adequado para organizar o exercício simulado.

Contudo, é importante que o simulado seja construído a partir de cenários de riscos reais e englobe o máximo possível, os aspectos relacionados ao processo de vulnerabilização existentes na organização processos e/ou atividades.

Levantamento dos mecanismos de enfrentamento já existentes na organização

Portanto, para que a atividade seja efetiva e integrada à realidade da organização, é importante que o exercício simulado seja construído a partir das estratégias já utilizadas pela organização em situações de emergência e definidas no Plano de Ação Emergencial.

Deve-se investigar, entre outros aspectos:

• Rotas de fuga;

• Tipos de alerta e comunicação entre si;

• Formas de monitoramento dos riscos;

• Procedimentos de atendimento de emergência;

• Divisão de papéis e responsabilidades;

• Grupos de Voluntários;

• Entre outros.

Levantamento de recursos humanos e materiais

Consiste no delineamento das pessoas e instituições, governamentais e não governamentais, mas porém, podem participar do exercício com funções e responsabilidades específicas.

Contudo, todos os matérias empregados no exercício simulado devem ser dimensionados tais como:

  • Materiais de primeiros socorros;
  • Materiais de combate a incêndio;
  • Carros de emergência;
  • Rádios comunicador;
  • Entre outros.

Elaboração do plano de emergência

O plano de emergência de edificações trata-se do documento que formaliza e descreve o conjunto de ações e medidas a serem adotadas no caso de situações críticas como incidentes, acidentes e sinistros.

Assim como, visa proteger a vida e o patrimônio, bem como reduzir as consequências sociais e os danos ao meio ambiente.

Porém, o plano de emergência deve ser usado como base para estabelecimentos das diretrizes gerais do exercício simulado de emergência.

Envolvimento dos múltiplos órgãos no processo de preparação e planejamento do exercício simulado

Compreendem as reuniões de preparação e planejamento de ações das quais devem participar as diferentes pessoas e instituições envolvidas.

Entretanto, é importante agregar os distintos responsáveis, empresas, líderes comunitários, agentes de saúde, bombeiros, polícia militar, agentes e técnicos de defesa civil, escolas, etc.

Além disso, o simulado é um bom momento para integrar pessoas, agências, defesa civil e comunidades, e verificar o fluxo de comunicação entre as instituições e atuação de acionamento e resposta.

Definição da comissão de organização do exercício simulado

Seja como for, antes ou após as primeiras reuniões com órgãos e pessoas a serem envolvidos, é preciso definir a Comissão de Organização do Simulado.

Ao passo que este grupo de trabalho é responsável por desenvolver as diferentes ações do simulado, do planejamento à execução do exercício.

A comissão é responsável pelas seguintes atividades:

• Definir os objetivos do simulado;

• Determinar a finalidade, abrangência, data, hora, lugar, notificação, cenário, para desenvolver o simulado;

• Supervisionar a elaboração do guia ou passo a passo do simulado;

• Determinar e mobilizar as necessidades e recursos disponíveis;

• Mobilizar as agências, equipes e comunidades;

• Divulgar o plano de contingência e o plano do simulado para todos os envolvidos;

• Adquirir ferramentas, serviços ou demais equipamentos necessários para execução do simulado;

• Convocar e facilitar reuniões de preparação e planejamento;

• Elaborar os materiais e promover a avaliação do simulado;

• Cuidar e manter a segurança de todos os participantes;

• Coordenar a participação de todos os envolvidos, assegurando a continuidade ou o cancelamento do exercício em decorrência de qualquer imprevisto.

Avaliação das necessidades e finalidade do exercício simulado

Com base no plano de contingência, nas ameaças e vulnerabilidades prioritárias, definir a área onde executar o simulado, delineando também, os órgãos e setores que necessitam do exercício.

Portanto, avalie quais os objetivos do exercício. É importante ter em mente que o objetivo principal do simulado é preparar efetivamente a empresa para que ela seja capaz de desenvolver as primeiras ações de desocupação.

Contudo, o exercício simulado pode representar situações que demandam a ativação completa de um plano de contingência, ou ser parcial e representar situações que avaliam apenas uma parte ou aspecto do plano (avaliar o tempo de remoção das famílias; avaliar o tempo de chegada das equipes de apoio ao cenário; a comunicação entre as equipes, etc).

Elaboração do cenário de risco

Todavia, deve-se elaborar uma narrativa que descreva um cenário de risco, o qual deve atender à finalidade e objetivos do exercício, ajudando os participantes a abordar a situação de forma realística.

Descrição das ações esperadas

O objetivo do exercício é verificar se os participantes percebem ou agem de uma determinada forma, conforme previsto nos planos e normas.

Além disso, estas decisões e ações devem estar identificadas e a situação proposta deve ser capaz de provocá-las.

Relatório final de avaliação

Sendo assim, ao final do exercício simulado deve ser elaborado um relatório descrevendo todo o andamento do exercício simulado com registro de dados qualitativos e quantitativo.

Por fim, o relatório final dará embasamento para a elaboração do plano de ação e melhorias necessárias ao plano de emergência da organização e para o sistema de gestão de crises.

Eng. Régis Chrystian - CEO e-Brigada
Eng. Régis Chrystian - CEO e-Brigada

Especialista em Engenharia de Segurança contra incêndios com uma Tecnologia Inovadora.